OS MEUS INTERESSES

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segunda-feira, 22 de junho de 2015

VAMOS VIVER!

Nos tempos que correm, a Vida anda perdida.
As Pessoas e quando digo, "As Pessoas" refiro-me ao comum dos Mortais, que Luta diariamente para manter uma dignidade mínima com que possa conviver com o seu mais íntimo, as pessoas não são todas iguais, não reagem todas da mesma forma. Umas resistem, outras sucumbem.
Todos os dias há notícias que são "espiolhadas" ou esmiuçadas ao mais ínfimo pormenor.
É o caso de um casal que cede a sua vida à partida que lhe é pregada por uma dívida mínima, o que não quer dizer que essa obrigação não valha nada ou que seja ínfima. O que quero dizer é que se houvesse quem realmente se importasse com as Pessoas, aquele não seria motivo para terminar com a Vida de dois seres que em momento de muita aflição e de acordo com a sua integridade moral não conseguem resistir ao ver a sua casa penhorada, as fechaduras mudadas e não encontram forças para enfrentar os vizinhos ou conhecidos de uma vida, já que de uma terra pequena se trata. 
Não somos todos iguais e nem sempre as pessoas têm capacidade para resistir.
Há que fazer algo, há que criar esperança nas pessoas, é necessário dar-lhes motivos para sorrir, criar expectativas que tenham correspondência na vida real. As pessoas não podem cair no desespero quando perdem o trabalho, quando os filhos emigram para longe, quando as finanças vêm reclamar impiedosamente o que estamos a dever. E se percebemos que aquela pessoa está a cair, temos que correr para apanhá-la e segurá-la antes que isso aconteça.
Cada dia é um novo dia, há que ter uma esperança renovada, há que dar valor à nossa Vida, na perspectiva de que melhores dias virão.
Não somos Pessoas de desistir e se pensarmos bem, temos um clima excelente, um sol maravilhoso, uma terra extraordinária que todos apreciam. Vamos nós também admirá-la e aproveitá-la.
Vamos Viver!

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sábado, 30 de maio de 2015

HOJE, PASSADOS QUASE SEIS ANOS...

Sempre considerei a minha vida de trabalho como altamente satisfatória. Trabalhava muito, muitas horas seguidas e da forma activa que sempre me caracterizou, até aos dias de hoje. Apesar disso, sentia-me bem, gostava do que fazia, tentava sempre realizá-lo da forma mais eficaz e conseguia-o. É verdade, não é falsa modéstia, tratava-se de um empenhamento real, verdadeiro.
Ao longo da minha actividade considerava como o fim natural, terminar a minha vida a trabalhar, a fazer aquilo de que gostava.
Mas não quis que assim fosse quem mandava na altura. E apesar da minha resiliência houve uma altura em que, com muita pena, percebi que o melhor para mim seria desistir, para assim conseguir manter a minha capacidade emocional e a minha saúde mental.
Um dia, há cerca de seis anos e ainda com muito para dar àquilo que me norteou durante quase quarenta anos, pus termo à minha actividade profissional. Poderia tê-lo feito satisfeita pela sensação do dever cumprido, mas não, vim com a insatisfação causada pela incapacidade de lutar contra o sistema implantado que se me impunha de forma intransigente e me impedia de contribuir para o avanço e melhoria do meu País.
Digo que foi com muita pena e zangada com a forma como as coisas se processam neste cantinho à beira-mar plantado, que deixei a minha contribuição para o meu País e me tornei mais uma aposentada.

Hoje, passados quase seis anos, sinto-me bem apesar da mágoa que mantenho. Esta situação tem-me permitido dedicar-me a outros gostos da minha vida e realizá-los da forma que considero a melhor para mim e para os meus.

terça-feira, 24 de março de 2015

EU NÃO TE CONHECIA


Não te conhecia, pois não.
Viveste sob o meu tecto, usufruíste dos meus cuidados ao longo de quase dez anos e não te conhecia.
És do meu sangue, não és minha filha mas é como se o fosses, e não te conhecia.
Ao longo do tempo vi-te crescer, apercebi-me que cresceste em altura, que cresceste enquanto pessoa, que cresceste e te tornaste uma mulher, mas não te conhecia.
É sabido que as pessoas carregam ao longo da sua vida uma carga, pesada para uns, mais leve para outros. Eu sabia que assim se passava também contigo. Eu sabia que um dia irias voltar as costas e sair por aquela porta, sem qualquer pensamento, sem qualquer remorso em relação àqueles que deixaste para trás. Mas nunca pude imaginar que fosse assim, com uma frieza total, sem olhar para trás. Mas eu não te conhecia.
Sabia que isto aconteceria, por aquilo que de ti compreendia, sabia que tu querias voar sozinha, já mo tinhas dito, mas a forma como o fizeste não foi a melhor, pelo menos para mim, para nós, deve ter sido a melhor para ti. Espero que sim. Mas eu não te conhecia.

E o que posso desejar, enquanto penso nisto tudo, é que consigas chegar aonde queres, tão longe quanto as tuas asas te permitirem. Sinceramente que sim. Não à minha maneira, mas à tua. E penso, penso, e chego à conclusão que se tivesse a oportunidade de voltar atrás, faria tudo da mesma maneira, a que considerava que fosse a melhor para ti. Mas eu não te conhecia.